Brasil, racismo, apartheid e xenofobia. Até quando?

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Jovem congolês residente no Brasil desde 2011, foi torturado e assassinado na segunda-feira, 24 de janeiro de 2022, às 22h, na praia da Barra da Tijuca (quiosque 8 – empresa Tropicália), por seu empregador. Moïse Mugenyi Kabagambe estava indo para seu local de trabalho naquele dia. No final do seu serviço, reclamou o seu salário com 2 dias de atraso, para poder pagar o transporte público de regresso a casa. O patrão não lhe deu o direito e começou a bater nele com um taco de beisebol.

Moisés tentou se defender, mas o patrão chamou mais 4 pessoas, que amarraram as mãos e os pés de Moisés e o espancaram até a morte, com paus e pedaços de madeira. Deixaram-no no chão durante 40 minutos sem contactar as autoridades e os bombeiros. Após esses 40 minutos, os bombeiros chegaram, mas já era tarde demais, Moïse havia morrido.

Quiosque tropicália: palco do assassinato do jovem congolês

Posteriormente, os bombeiros nada puderam fazer sobre a situação, pelo que o corpo foi encaminhado para o Centro Médico-Legal. Eles não notificaram a família até 12 horas após a morte de Moses. Quando a família chegou na terça-feira, 25 de janeiro, ao Centro Médico-Legal, todos os órgãos já haviam sido retirados do corpo de Moïse, sem autorização, nem dele de antemão nem de sua família (em especial sua mãe e seus irmãos também residentes no Brasil).

Moisés não apenas morreu, ele foi torturado, enquanto reivindicava seus direitos, como qualquer cidadão brasileiro ou mundial teria feito! Ele sofreu uma injustiça, e o culpado deixou para trás uma família enlutada que agora está inconsolável. A perda de um filho, irmão ou amigo é algo difícil, mas nessas condições é desumano! Exigimos justiça para Moisés.

A cor da pele não deve ser motivo para cometer tal crime.

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