Luanda/Angola – É Carnaval é folia e alegria. A maior manifestação cultural do país de volta às ruas da capital Luanda e de outras cidades das Provincias deste País da África central, depois de dois anos de suspensão devido à pandemia da Covid-19. Na sequência da apresentação infantil, no sábado, e da Classe B, no domingo, na segunda-feira (20 de fevereiro), Nova Marginal de Luanda foi possível o público assistir desfilar os grupos da Classe A, na presença do presidente João Lourenço e a Primeira-Dama, Ana Dias Lourenço, e outras autoridades angolanas nas bancadas. O desfile começou por volta das 17h00 e terminou perto das 21h00. O União Twabixila, de Viana, município da grande Luanda, foi o primeiro a se apresentar-se. No total, desfilaram 13 grupos, entre os quais o União Mundo da Ilha, vencedor da última edição, e com mais títulos conquistados (14). Nas outras províncias do País africano também a animação do carnaval foi contagiante.
Originalidade ao Carnaval
As canções dos grupos carnavalescos têm sido adaptadas para uma cadência rítmica mais acelerada e dinâmica, para torná-las mais dançantes, sendo que o difícil tem sido fazer o enquadramento temático dentro de uma sonoridade mais rápida, por causa da fonética da língua Kimbundu que a maioria dos grupos utiliza para a composição dos temas, segundo estudiosos da dança e do canto, que, durante os dias que antecederam a festa fizeram questão de situar os amantes do Carnaval. Por essa e outras razões, muitos especialistas defendem o regresso das canções ao vivo durante os desfiles, por exigir maior criatividade dos intérpretes. No entanto, há toda uma importância da criação de condições técnicas no local da atividade para este exercício. A dançar o Carnaval há 15 anos, o grupo União Twabixila foi o primeiro a desfilar, com muita ginga no pé mostraram que foram à Marginal para conquistar um lugar entre os três primeiros. O grupo apresentou o tema “A mulher não pode ter dois homens”, mostrando estar preocupado com as influências do modernismo que tem criado “choques culturais”.